quarta-feira, março 30, 2011

Augustus Nicodemus Lopes

A Fraternidade Mundial Reformada se Reúne nos Estados Unidos

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Esta reunião, na verdade, é do Conselho Diretor da Fraternidade Mundial Reformada, que acontece anualmente em alguma parte do mundo. A reunião do plenário acontece a cada quatro anos. Ano passado o plenário se reuniu na Escócia e fizemos o registro aqui no blog. A próxima plenária está planejada para 2014, talvez na Austrália.

Aqui em Bethesda, estado de Maryland, próximo a Washington D.C., estamos reunidos nas dependências da Fourth Presbyterian Church, uma igreja da PCA (conservadora) com cerca de 3 mil membros. Somos cerca de 35 presentes, representando os seguintes países: Estados Unidos, Inglaterra, Escócia, Irlanda, França, Coréia, China, Indonésia, Índia, África do Sul, Etiópia, Argentina, Porto Rico, Austrália, entre outros.

Os principais pontos da reunião são estes: (1) Aprovar a Declaração de Fé da Fraternidade - estamos ainda em discussão no plenário, mas encaminhados para a finalização. Faz seis anos que a Comissão de Teologia vem trabalhando nessa declaração. Tenho o privilégio de fazer parte desta comissão desde o início, representando a Igreja Presbiteriana do Brasil e meu próprio país. Esta declaração, que não é uma confissão de fé destinada a substituir outras, já está no site da Fraternidade em sua forma provisória.

(2) Discutir e preparar uma consulta sobre Ministérios Reformados entre Muçulmanos - já tivemos apresentações das vitórias e dificuldades dos que estao trabalhando nessa área e estamos caminhando na direção de marcar um grande evento sobre o assunto. O assunto é realmente difícil e sério. No Brasil temos um milhão de muçulmanos.

(3) Educação teológica entre as igrejas afiliadas que estão passando por uma necessidade muito grande de obreiros, material, recursos financeiros. Houve uma apresentação de irmãos da África sobre as necessidades das missões reformadas naquele continente e especialmente a necessidade de educação teológica e preparação de lideranças. Atualmente, há perto de 400 milhões de cristãos na África, com previsão de 1 bilhão para 2050. E muitos reformados entre eles! Mas somente 5% dos pastores africanos têm algum treinamento teológico. A apresentação foi feita por Dr. Mwaya Kitavi.

No geral, o quadro mundial é positivo. Existe o claro reconhecimento de que a maior concentração de reformados no mundo está se movendo para África, Ásia e América Latina, acompanhando movimento similar do Cristianismo.

Tive uma boa conversa com Pierre Berthoud, teólogo e pastor francês reformado, que me encorajou sobre a situação dos cristãos em França, após eu ter lido um artigo que falava da crescente secularização da Europa com previsões de zero ou quase nenhum cristão em mais 50 anos. Lembramo-nos de previsões similares em anos anteriores, que em se previa que a ciência e o iluminismo haveriam de acabar com a fé cristã em pouco tempo - e que falharam redondamente!

Orem pela igreja no mundo. Há muitas perseguições, necessidade de Bíblias e treinamento e as portas estão abertas como nunca para a proclamação do Evangelho. No Brasil somos felizes e não sabemos.
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quinta-feira, março 24, 2011

Mauro Meister

Cristianismo e Política - Videos

Os vídeos do II Congresso Internacional de Religião, Teologia e Igreja, no qual falaram Wayne Grudem, Solano Portela, Augustus Nicodemus e Hernandes Dias Lopes estão disponíveis na internet. Passe pela nossa página de conteúdo de eventos!


Part 1: Basic Principles

Chapter 1: Five Wrong Views about Christians and Government (este capítulo está disponível neste link, no formato PDF)
Chapter 2: A Better Solution: Significant Christian Influence on Government
Chapter 3: Biblical Principles Concerning Government
Chapter 4: A Biblical Worldview
Chapter 5: The Courts and the Question of Ultimate Power in a Nation
Part 2: Specific Issues
Chapter 6: The Protection of Life
Chapter 7: Marriage
Chapter 8: The Family
Chapter 9: Economics
Chapter 10: The Environment
Chapter 11: National Defense
Chapter 12: Foreign policy
Chapter 13: Freedom of Speech
Chapter 14: Freedom of Religion
Chapter 15: Special Groups
Chapter 16: The Problem of Media Bias: When the Watchdogs Fall Asleep
Chapter 17: Application to Democratic and Republican Policies Today
The five views that Grudem argues against in the first chapter are:
  1. Government should compel religion
  2. Government should exclude religion
  3. All government is evil and demonic
  4. Do evangelism, not politics
  5. Do politics, not evangelism
Nas oficinas falaram:
Franklin Ferreira: "Na presença de governadores e de reis": modelos da relação da Igreja com o Estado e o Espectro Político.
Heber Carlos de Campos: A Política, Deus e o Cristão (Executivo do Congresso).
Paulo Rodrigues Romeiro: O pentecostalismo e a política partidária no Brasil.
Fabiano de Almeida Oliveira: A Raiz Religiosa da Esfera Pública.
Heber Carlos de Campos Jr.: Trazendo a fé da esfera privada para o cenário público.
Wilson Santana Silva: Gilberto Freyre - literatura, política e religião.

Quem perdeu, tema agora a oportunidade de assistir as palestras do congresso. Aproveite. 
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segunda-feira, março 21, 2011

Augustus Nicodemus Lopes

Small is Beautiful?

Por     17 comentários:
Como eu já disse em outras postagens, sempre achei curioso, para dizer o mínimo, que liberais estejam aderindo ao movimento de "formação espiritual" ou simplesmente "espiritualidade." Não estou dizendo que todo mundo envolvido neste movimento é liberal. Conheço vários que não são. Mas certamente é intrigante ver liberais fazendo palestras sobre espiritualidade e defendendo suas práticas.

Também já mencionei antes algumas razões pelas quais, na minha opinião, isto ocorre.  Essa semana pensei em mais duas delas, que permitem ao movimento de espiritualidade justificar a existência de igrejas minúsculas, que não crescem e que são voltadas para obras sociais. Ou seja, igrejas típicas dos liberais. Explico.

Primeiro, o movimento de espiritualidade ataca as igrejas grandes por fomentar o ativismo e o envolvimento dos seus membros em múltiplas atividades, sem lhes deixar tempo para meditar, jejuar, ficar em silêncio ou praticar as disciplinas espirituais. Além disto, estas igrejas grandes, conforme a análise dos espiritualistas, acabam estimulando o materialismo e a busca de posições sociais e financeiras melhores, deixando de enfocar a vida espiritual. Partindo do entendimento de que os cristãos deveriam ser mais contemplativos, alguns adeptos do movimento da espiritualidade defendem uma espécie de retiro espiritual -  talvez um pouco semelhante aos monges da idade média - como o modelo ideal de cristianismo para o mundo moderno afogado em materialismo individualista, consumismo e indiferença. Assim, igrejas minúsculas, que não evangelizam, não crescem, e que vão minguando a cada ano, como as igrejas dos liberais, podem justificar esta situação de estagnação. O argumento é este: números não expressam qualidade e melhor do que evangelizar multidões e ganhá-las para Cristo é usar as igrejas como uma espécie de mosteiro evangélico, paraísos de contemplação e meditação, onde os crentes que ainda restam podem praticar os exercícios espirituais e se aperfeiçoar, enquanto esperam a morte chegar.

Segundo, o movimento de espiritualidade critica as grandes igrejas por não darem a devida atenção às questões que consideram realmente essenciais. Os espiritualistas as acusam de prosperidade, prestígio, poder e outras coisas que seriam contrárias à teologia da cruz, do sofrimento, da pobreza e da renúncia. Enquanto ficam pregando avivamento, crescimento, conversão, as grandes igrejas esquecem dos pobres,  abandonados, excluídos, marginalizados que povoam as periferias e os centros das grandes cidades. Aqui, os ícones são os padres e monges maltrapilhos, sem vintém, que andam pelas ruas recolhendo os bêbados, os sem teto, os drogados e as prostitutas para lhes dar pão, sabão e abrigo. Para eles, o Evangelho reside nisto. Não Lutero ou Calvino, mas Francisco de Assis e Madre Tereza. Dessa perspectiva, igrejas liberais minguantes, cujos últimos membros ainda saem pelas ruas à noite dando o sopão aos desvalidos, podem justificar o status quo.

Bem, há vários pontos do raciocínio líbero-espiritual que me parecem corretos. Como, por exemplo, a crítica pertinente feita à mega-igrejas voltadas para prosperidade, poder e prestígio, sem tempo e sem interesse em exercícios espirituais. Aprecio também a preocupação para com os pobres e necessitados.

Todavia, algumas outras coisas precisam de reparo, como a teimosia dos liberais em não reconhecer que muito do esvaziamento violento sofrido nas suas igrejas nas últimas décadas se deve ao... liberalismo! Em vez de atacar a causa real da sangria que vem acontecendo nas denominações onde eles dominaram os seminários, as instituições e assumiram a sua direção, alguns liberais preferiram adotar uma concepção de cristianismo que justifique o declínio cada vez maior de jovens e o envelhecimento de suas igrejas locais, que é se isolar do mundo para jejuar e meditar, e depois sair para distribuir sopa.

Eu estaria realmente totalmente errado se fosse contra os exercícios espirituais como oração, meditação e jejum, ou ainda contra socorrer os pobres em suas necessidades. Eu sou contra, todavia, em se usar estas coisas como uma cortina de fumaça que oculta as verdadeiras causas da diminuição anual no rol de membros de igrejas liberais. Sou contra a idéia de que igrejas grandes não podem ser espirituais, comprometidas com questões sociais ou oferecer condições para a comunhão de seus membros. Sou contra o conceito de que small sempre é beatiful. Sou contra a idéia de que se uma igreja decadente virar uma ONG, ou um mosteiro, ela legitimiza sua situação de declínio.

Não estou defendendo o movimento de crescimento de igrejas e nem o movimento de igrejas emergentes. Muitas destas igrejas se tornaram grandes por oferecer um Evangelho distorcido, que apela para as necessidades menores e secundárias das pessoas e que deixa de tratar das maiores. Para mim, igrejas pequenas podem e têm sido uma bênção. Nem sempre igrejas são pequenas porque estão morrendo. Mas quando igrejas dominadas por liberais continuam a minguar ano após ano, enquanto aquelas que pregam o Evangelho bíblico crescem, temos de procurar a causa da estagnação na teologia destas igrejas.

Em resumo, pode haver casos em que liberais se tornam seguidores da espiritualidade dos monges da Idade Média porque mosteiros sempre foram um escape para os que nunca quiseram ir ao mundo e ganhá-lo para Cristo.
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sexta-feira, março 18, 2011

Mauro Meister

Escritura em Foco

Um dos projetos do Centro Presbiteriano de Pós-Graduação é a produção de um programa de TV chamado Escritura em Foco. No momento, dentro do programa estamos produzindo duas séries, uma chamada Terra de Deus e outra chamada A Mensagem dos Evangelhos. Os programas são gravados em HD e estão sendo transmitidos num canal experimental do Mackenzie, que, por enquanto, só vai ao ar na TV aberta, em São Paulo (60).  Abaixo, um clipe do programa 2, sobre o Tabernáculo e o Templo.

 

E agora, mais um clipe, do Escritura em Foco 1

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segunda-feira, março 14, 2011

Mauro Meister

Congresso Internacional de Teologia - Wayne Grudem

Hoje à noite o Dr. Wayne Grudem vai falar no II Congresso Internacional de Religião, Teologia e Igreja no Mackenzie. O tema de hoje à noite será sobre cinco visões erradas sobre cristianismo e política. Você pode assistir as palestras principais do evento AO VIVO na IPBTV. É uma grande oportunidade para quem não tem como vir.

Tivemos o prazer de almoçar com ele, os escritores deste blog e ainda, Heber Carlos de Campos Jr., Fernando Almeida, Franklin Ferreira e Tiago Santos.

Teremos livrarias das editoras Cultura Cristã, FIEL e Vida Nova.  Veja aqui o programa completo do evento.


Depois de São Paulo o Dr. Grudem, junto com Franklin Ferreira e Jonas Madureira, participará de um evento em João Pessoa, PB, realização de Edicões Vida Nova.


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